quinta-feira, 5 de novembro de 2009

VisaNet prepara mudança de nome


VisaNet vê crescimento longo e prepara mudança de nome


O maior uso de cartões de débito e de crédito, combinado com o crescimento econômico, permitirá à VisaNet seguir se expandindo a uma taxa superior a dois dígitos nos próximos seis a sete anos, disse nesta quinta-feira o presidente da companhia, Rômulo Dias.

Segundo o executivo, a despeito da reforma regulatória que o governo pretende introduzir para aumentar a concorrência no credenciamento de lojas, segmento hoje dominado por VisaNet e Redecard, a contínua migração para meios eletrônicos, deixa espaços enormes de crescimento no setor.

"Continuaremos crescendo a uma taxa de dois dígitos por cerca de 6, 7 anos", disse a jornalistas em teleconferência sobre os resultados da empresa no terceiro trimestre.

A companhia reportou na quarta-feira à noite que teve lucro líquido de R$ 396,7 milhões entre julho e setembro, resultado 34,8% superior ao de igual período de 2008, movimento patrocinado pelo aumento de 21,3% do volume financeiro de transações, para R$ 54,2 bilhões.

Líder no setor e hoje a única credenciadora de lojas para os cartões Visa, a companhia prevê fechar 2009 com um avanço de 20,5% a 22,5% no volume financeiro de operações, taxa superior à taxa anualizada expansão da indústria, que foi de 18% até Setembro.

Segundo Dias, além do maior uso dos cartões para pagamentos de compras, em detrimento de cheque e dinheiro, a companhia se beneficiou também de ter ampliado a presença em regiões que registram taxas de crescimento econômico superiores à média do país. "Há regiões no Nordeste que estão crescendo mais do que a China", disse.

Novo cenário, novo nome

Preparando-se para um cenário de maior concorrência, que porá fim a contratos de exclusividade, permitindo que cada credenciador possa operar com várias bandeiras, a VisaNet deve anunciar nos próximos meses a mudança de seu nome.

"Estamos pensando em mudar de nome. Dentro de algum tempo, faremos em momento oportuno e apropriado a comunicação", disse Dias.

"Já somos multi bandeiras e também vamos capturar [a bandeira] MasterCard, mas ainda não temos expectativa para quando isso vai acontecer", acrescentou.

Assim como a Redecard sinalizou nesta semana, em teleconferência com analistas, o executivo da VisaNet também acredita que as despesas da companhia com marketing vão crescer, embora não tenha estimado quanto.

da Reuters

MasterCard lança contact-less


MasterCard lança programa de pagamentos sem contato no transporte público

A MasterCard Worldwide, a Credicard e a Redecard anunciam o lançamento do primeiro programa de pagamentos sem contato no transporte público do Brasil e da América Latina, o cartão Credicard MasterCard PayPass, que pode ser usado, também, em vários tipos de estabelecimentos.

Inicialmente, os portadores dos cartões de crédito Credicard, com a bandeira MasterCard, poderão fazer as transações sem contato no
bondinho do Pão de Açúcar, na rede de trens da Supervia, na rede de cinemas UCI, na rede de fast-food McDonald´s e em estacionamentos Estapar/Riopark, no Rio de Janeiro. Em breve, usuários do metrô da cidade também poderão utilizar o produto. Esses estabelecimentos já integram a rede credenciada pela Redecard e, nos próximos meses, novos estabelecimentos serão incorporados.

MasterCard PayPass é uma forma de pagamento que não requer a passagem do cartão no leitor da tarja magnética para compras de até R$ 50. “Acreditamos e estamos investindo no mercado brasileiro ao trazer uma solução inovadora, oferecendo ao consumidor uma maneira mais simples, rápida e segura de efetuar as compras”, explica Gilberto Caldart, presidente da MasterCard Brasil.

“O objetivo da MasterCard com o pagamento sem contato não é apenas substituir as atuais tecnologias de pagamento, mas utilizá-la em segmentos nos quais o cartão não é utilizado em todo o potencial. MasterCard PayPass substitui o dinheiro e cheque, abre novas categorias de aceitação para estabelecimentos, aumenta a utilização em transações de pequeno valor e cria oportunidades de negócios para os bancos que emitem nossos cartões”, acrescenta Caldart.

Lucro da VisaNet cresce 34,8% no 3º trimestre


Lucro da VisaNet cresce 34,8% no 3º trimestre

A VisaNet registrou lucro líquido de R$ 396,7 milhões no terceiro trimestre de 2009, um crescimento de 34,8% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita operacional líquida da companhia somou R$ 924,4 milhões no período encerrado em Setembro, um aumento de 28% sobre o mesmo trimestre de 2008.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado no terceiro trimestre foi de R$ 626,6 milhões, um aumento de 37,9% em relação ao mesmo período de 2008. A margem Ebitda ajustado atingiu o recorde de 67,8% no trimestre encerrado em Setembro, um aumento de 4,9 p.p. em relação ao mesmo trimestre do ano passado.

No terceiro trimestre de 2009, o volume financeiro de transações da empresa somou R$ 54,2 bilhões, um aumento de 21,3% na comparação com o mesmo período de 2008. As transações com cartões de crédito processadas pela VisaNet somaram R$ 34,2 bilhões até Setembro, crescimento de 20,8% sobre o terceiro trimestre do ano passado. Enquanto as operações com cartão de débito somaram R$ 20 bilhões, 22,1% acima do volume registrado no período encerrado em Setembro de 2008.

No terceiro trimestre, a receita de transações com cartão de crédito alcançou R$ 512,4 milhões, um aumento de 22,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já a receita de transações com cartão de débito somou R$ 155,9 milhões no trimestre encerrado em Setembro, um crescimento de 19,9% em relação ao mesmo exercício de 2008. A receita com aluguel de equipamentos (POS) totalizou R$ 268,1 milhões até Setembro, valor 17,3% acima do registrado no terceiro trimestre de 2008.

Presente em todo o território nacional, a VisaNet chegou a Setembro de 2009 com operações em 5.427 dos 5.564 municípios brasileiros, o que corresponde a uma cobertura de 97,5% do país e mais de 1,6 milhão de estabelecimentos cadastrados.

Cartão de crédito representa mais de 1/3 das dívidas


Cartão de crédito representa mais de 1/3 das dívidas, diz Serasa

O cartão de crédito é responsável por 36,8% do total de endividamento dos consumidores, segundo uma pesquisa divulgada pela Serasa Experian nesta quarta-feira (28), durante evento de crédito e cobrança realizado em São Paulo.

De acordo com o estudo, apesar do cartão ser responsável pela maioria das dívidas, é também o produto que mais gera regularização de inadimplentes, com índice de 41,7% de recuperação. “A explicação para isso é que os consumidores priorizam o pagamento das dívidas do cartão para poderem comprar novamente, sem precisar utilizar dinheiro vivo”, afirma Laércio de Oliveira Pinto, presidente de negócios pessoa jurídica da Serasa Experian.

Em segundo lugar entre os maiores causadores de inadimplência está o varejo (lojas e supermercados), que concentra 20,4% dos devedores. “O varejo é o destaque negativo, já que concentra boa parte dos inadimplentes e seu índice de recuperação de crédito é de apenas 8,7%”, diz o executivo.

A pesquisa constatou também que a maioria dos devedores (60%) tem renda de até R$ 1 mil e 90,8% tem filhos. “Os inadimplentes se definiram como compradores impulsivos. Mesmo sabendo da dificuldade de pagar, a vontade é incontrolável”, afirma Oliveira.

Em relação às dívidas regularizadas, 40% era de até R$ 500 e 16,5% variava de R$ 500 a R$ 1 mil, de acordo com o levantamento.

Outro ponto apontado no estudo é a utilização de internet pelos inadimplentes. A pesquisa constatou que 60,4% dos devedores acessa a internet regularmente. “Isso nos faz estudar novas formas de envio de correspondências para essas pessoas, como por e-mail, por exemplo”, diz Oliveira.

O Serasa ouviu consumidores inadimplentes de todas as classes sociais nas capitais e grandes cidades do País.

Por Diego Lazzaris

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Inadimplência com cheques marca 1,94% em setembro









Inadimplência com cheques marca 1,94% em setembro, diz Serasa

A inadimplência com cheques no Brasil foi de 1,94% em setembro de 2009, o menor nível desde outubro de 2008, mês em que em que os efeitos da crise internacional já começavam a serem sentidos no País. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (23) pela Serasa Experian.

O cheque é considerado desprovido de fundos, a partir de sua segunda devolução. Na comparação anual, a inadimplência com cheques cresceu 8,4%. No acumulado de nove meses, a alta no número de cheques devolvidos foi de 13,8%.

No entanto, o índice apresentou queda de 1% na comparação com agosto deste ano. Segundo os analistas da Serasa, este decréscimo se deve à recuperação do mercado de trabalho, melhorando as condições de renda e de emprego dos consumidores, e ao processo de reequilíbrio do fluxo de caixa das empresas, após terem passado por vários meses de dificuldades operacionais e de acesso ao crédito, especialmente as micro e pequenas empresas.

Para os meses seguintes, os especialistas prevêem a manutenção do crescimento econômico e ligeiras reduções no percentual de devolução de cheques.

Redecard analisa medidas do BC




Medidas do BC para cartões podem levar setor a autorregulação, diz Redecard

A partir de novos pontos estabelecidos no início deste mês para a indústria de cartões de crédito pelo Banco Central (BC), e que ainda necessita de aprovação dos Ministérios da Fazenda e da Justiça, bem como do presidente do Bacen, o setor deverá passar por um processo de autorregulação para adequação aos cinco pontos propostos pelos órgãos oficiais. Esta é a visão de Roberto Medeiros, presidente da Redecard. “Vejo nesses cinco pontos uma probabilidade bastante grande de autorregulação”, afirma o executivo.

Dentre as medidas anunciadas em 02 de outubro, estão a abertura da atividade de credenciamento do setor, a interoperabilidade de redes e de POS (terminal de captura de transações), a neutralidade nas atividades de compensação e liquidação, além da sugestão de fortalecimento de esquemas nacionais de cartões de débito e a transparência na definição da tarifa de intercâmbio. O objetivo é gerar maior competitividade no setor, o que poderia inclusive levar à maior abertura deste mercado, atualmente caracterizado por um duopólio da VisaNet e Redecard.

Medeiros afirmou ainda que percebe que “estamos caminhando para autorregulação, que é maneia mais rápida, mais simples, e menos sujeita a intempéries”, abordando que esta tem sido a postura da associação com quem o BC tem discutido a questão. A declaração foi feita em decorrência de discussões da forma como serão aprovadas as medidas, se por regulação do Bacen, via Congresso ou Conselho Monetário Nacional.

De acordo com Medeiros, a companhia que preside atualmente tem atuação que vai de encontro a estes pontos estabelecidos, referindo-se à interoperabilidade de bandeiras nos POS da Redecard. Ele diz que os terminais podem capturar, além da bandeira Mastercard (crédito e débito), a Dinners, para débito, a Aura, para crédito, dentre outras. Dentro de um ano, ele comenta que os terminais já irão também capturar bandeiras de voucher, voltadas ao pagamento de alimentação, refeição e combustíveis.

“Capturarmos novas bandeiras é questão de poder fazer download dos softwares”, acrescentando que algumas bandeiras exigem que se esteja em compasso com o que elas já têm. “Podermos capturar uma nova bandeira é questão de ter processos, procedimentos e capacidade de fazer download de software nesses terminais, o que a gente já temos, visto que somos multibandeira”.

Sobre a possibilidade de também ter receptividade de cartões Visa em seus terminais, Medeiros diz que a Redecard já tem o set up de processos. “O que a gente precisa de fato agora é ter oficializada a licença da Visa. É de maior interesse nosso capturar Visa, assim como deve ser de interesse da Visa essa negociação”, declara o executivo.

Outro ponto que, de acordo com Medeiros, coloca a empresa em situação de vantagem em atender os pontos estabelecidos pelo anúncio do Banco Central está no fato de que no mês de setembro, a Redecard recebeu o PCI DSS (Payment Card Industry Data Security Standard), certificação concebida globalmente pelo PCI Security Standards Council, entidade fundada por bandeiras internacionais de cartões de pagamentos. Com isto, a instituição atestou à Redecard a adequação a normas universais de garantia de padrões a serem seguidos pelas empresas atuantes no mercado de cartão de crédito, o que confere à adquirente uma oferta de serviços mais seguros.

Por Elena Oliveira

Pré-datado corresponde a 79,5% dos cheques emitidos em setembro








Pré-datado corresponde a 79,5% dos cheques emitidos em setembro

O número de cheques pré-datados correspondeu a 79,5% do total de folhas emitidas em setembro, queda de 0,34% sobre o mês anterior e de 1,23% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo pesquisa da Telecheque, divulgada nesta quinta-feira (22).

O levantamento aponta que o setor de vestuário liderou o ranking de cheques pré-datados no mês passado, com 89,6% de participação, seguido por móveis e artigos para o lar (87,1%), calçados (86,4%) e supermercados (85,1%).

Regionalmente, o Norte aparece no topo da lista de emissões de cheques pré-datados, com 84,3%; seguido pelo Nordeste (83,4%), Centro-Oeste (81,0%), Sudeste (80,2%) e Sul (73,6%).

“O cheque pré-datado é uma criação do varejo brasileiro e hoje destaca-se como uma das principais ferramentas de crédito do país”,destaca José Antônio Praxedes Neto, vice-presidente da TeleCheque. O executivo acrescenta que especialmente durante a crise, com a baixa oferta de crédito, “o pré-datado foi a solução para os consumidores manterem suas compras”.

Praxedes Neto prevê que, até o final do ano, as emissões de pré-datados cheguem a 82%.

Cartão com chip do Banrisul ganha prêmio







Cartão com chip do Banrisul ganha prêmio como solução mundial

O Banrisul recebeu o prêmio de melhor solução mundial de tecnologia bancária em 2009 pelo desenvolvimento do cartão de conta corrente com chip inteligente. A premiação foi entregue durante a Conferência Mundial do Sistema MULTOS, na Malásia, que contou com a presença do superintendente da Unidade de Segurança da Tecnologia da Informação da instituição financeira, Jorge Krug.

A solução é baseada em um único cartão oferecer múltiplas aplicações, suportando os serviços financeiros e também de governo eletrônico. Krug salientou que o modelo do Banrisul e do estado do Rio Grande do Sul, através da Autoridade Certificadora do RS (AC-RS), acabou superando outras soluções mundiais, “como, por exemplo, do cartão múltiplo de identidade do cidadão da Arábia Saudita”.

O cartão com chip do Banrisul, de acordo com a instituição, permite acesso aos serviços de Internet banking com segurança, além da portabilidade da certificação digital para acessar sites, como da Receita Federal, e assinar documentos eletrônicos reconhecidos pela Justiça brasileira, entre outros serviços. O novo cartão do Banco pode ser utilizado, ainda, nas operações pelo Banricompras, caixas eletrônicos e nas agências.

O MULTOS é o sistema operacional do cartão com chip do Banrisul e tem como um de seus atributos competitivos a capacidade de suportar várias aplicações. Com isso, o MULTOS permite que um cartão seja usado tanto para transações de débito e crédito, baseado no padrão internacional EMV, quanto para segurança nas operações de Internet banking e certificação digital da Autoridade Certificadora do Estado, baseado no padrão do ICP-Brasil.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Campanha defende uso consciente do cartão de crédito












Campanha defende uso consciente do cartão de crédito

Desde que foram acusadas de suposto abuso de poder econômico e obtenção de lucros injustificados, em abril passado, as empresas que controlam o mercado de cartões de crédito no Brasil optaram pela discrição, submergindo no front da opinião pública. O setor agora reage. A Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) dá hoje início a uma campanha publicitária para enaltecer as vantagens do uso de cartões de crédito e para orientar os consumidores a controlar seus gastos.
O plano de mídia inclui jornais, revistas, rádio e internet. Em programas de TV, a campanha será feita inteiramente por meio de merchandising.
Outro objetivo da iniciativa é esclarecer dúvidas e dissipar críticas feitas por lojistas. "A campanha não tem relação com as críticas que temos recebido", disse à Folha PauloCaffareli, presidente da ABECS. "É apenas coincidência".

Bola de neve

Segundo Caffareli, a ABECS identificou, em uma pesquisa realizadas pelo Datafolha no final do ano passado, que o consumidor muitas vezes tem receio de utilizar o cartão por achar que não terá controle sobre seus gastos. E que, apesar de ser prático, o cartão pode gerar o efeito "bola-de-neve".
A ABECS acredita ainda que poderá esclarecer por que, nas transações com cartão de crédito no Brasil, o prazo entre a data da compra e a data do crédito ao estabelecimento é de trinta dias, enquanto no exterior é de apenas dois dias. "O lojista recebe em 30 dias porque, no Brasil, o usuário do cartão tem 30 dias sem juros para pagar o cartão", diz ele. Em uma peça publicitária a que a Folha teve acesso, explica-se como uma personagem chamada Paula, esteticista, usa seu cartão de crédito para controlar os gastos. "[Paula] Soma os comprovantes para não extrapolar nas compras e sempre paga o valor total da fatura para não arcar com os juros."
Em abril, estudo divulgado pelo governo concluiu que o mercado brasileiro de cartões é extremamente concentrado, impede a entrada de novos participantes e, por isso, precisa passar por profunda reformulação para repassar ganhos de escala e beneficiar a economia como um todo.

Autor(es): MARCIO AITH - Folha de São Paulo

Anúncio do BC para setor de cartões não beneficia consumidor






Anúncio do BC para setor de cartões não beneficia consumidor

O anúncio feito pelo Banco Central (BC) nesta quinta-feira (01) sobre a implementação de mudanças na indústria de cartões de crédito, que propõem maior competitividade ao setor, ainda precisam passar por aprovação dos Ministérios da Fazenda e da Justiça, e do presidente do BC; no entanto, ainda não parecem completas quando vistas sob a perspectiva de especialistas ouvidos por Executivos Financeiros, pois não incluem iniciativas que visem benefícios para o consumidor.
“Queríamos tópicos que resultassem em algo para os consumidores, que não foram incluídos nas medidas divulgadas hoje”, afirma Roque Pellizzaro Junior, presidente da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas). Já Kássia Correa, presidente da Anucc (Associação Nacional dos Usuários de Cartões de Crédito), comenta que “o grupo de trabalho formado pelo Banco Central, Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça e a Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda, chegou à conclusão de que o estímulo à concorrência e à maior transparência do setor pode ser obtido apenas mediante regras claras, expressas em lei, e complementadas por medidas de autorregulação que o mercado se comprometeu a adotar”, o que ela diz ser “absurdo”.
Boanerges Ramos Freire, sócio-diretor da Boanerges & Cia. Consultoria em Varejo Financeiro, afirma que as medidas sugeridas podem realmente possibilitar a autorregulação, “o que não quer dizer que empresas do setor se agrupariam para combinar só aquilo que é bom para elas”. Na visão de Freire, isto seria “como enfiar a cabeça numa forca”, pois a autorregulação necessita levar em consideração uma junção de pressões do mercado e de outros players.
Pellizzaro apontou ainda que, para que haja impactos positivos considerando-se a perspectiva do consumidor, deveriam ser abordados no estudo que o BC fez em conjunto com Seae e SDE pontos como a redução do prazo de pagamento para o lojista, que atualmente aguarda 30 dias para receber repasses, sendo que em outros países, esse prazo chega a ser de dois dias. “Esta espera causa ao lojista um prejuízo entre 4,5% a 6% por venda, o que acaba sendo repassado para o consumidor”, comenta o executivo sobre o preço que os varejistas acabam cobrando a mais de seus clientes. “Além disso, sem concorrência, cartões manterão taxa que, para o pequeno negócio, é de 5%”.
Contudo, ele diz que há pontos positivos trazidos pelas cinco medidas anunciadas hoje, dentre elas a abertura da atividade de credenciamento do setor, a interoperabilidade de redes e de POS (terminal de captura de transações), a neutralidade nas atividades de compensação e liquidação, além da sugestão de fortalecimento de esquemas nacionais de cartões de débito e a transparência na definição da tarifa de intercâmbio. “É um avanço importante. As pequenas e médias empresas, pelas nossas expectativas, terão redução em seus custos de R$ 4 mil a R$ 5 mil por ano”, afirma o presidente da CNDL.
Em contrapartida, a Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) divulgou no início da noite de quinta-feira nota informando que BC, Seae e SDE “analisaram com extremo rigor e cuidado as proposições do setor” e que “reconhece que as medidas são mais abrangentes do que as propostas iniciais apresentadas pela indústria, que certamente trarão benefícios para a sociedade”. A entidade declarou que voltará a se manifestar após a publicação da versão final do estudo, algo que, de acordo com o BC, deverá ocorrer nos próximos dias.
Também na noite de ontem, a Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo) divulgou nota em que afirmou concordar com as medidas adotadas pelo governo, mas que, no entanto, espera também que seja levada em consideração a proposta de diferenciação de preços no pagamento em dinheiro ou no cartão. Na nota, o presidente da entidade, Abram Szajman, declarou que “é necessário regular o setor de cartões de crédito e débito visando a proteger tanto os consumidores como os empresários dos eventuais abusos que o atual duopólio vem ocasionado”, sobre a concentração do mercado em negócios comandados por VisaNet e Redecard.
Pellizzaro lembrou ainda que hoje, o mercado é controlado em 95% por estas duas companhias, e a positividade das propostas está exatamente na inserção de maior concorrência e entrada de outros players. Ambas empresas, procuradas pela redação de Executivos Financeiros, disseram que ainda não querem se pronunciar sobre o assunto.

Por Elena Oliveira

Totvs anuncia aquisição de 70% da TotalBanco



Totvs anuncia aquisição de 70% da TotalBanco

A Totvs, empresa de desenvolvimento e comercialização de software de gestão empresarial integrada, anuncia a aquisição da TotalBanco Consultoria e Sistemas. A empresa adquire 70% do capital total da empresa pelo valor equivalente a 5,5 vezes o ebtida projetado para 2009.
A receita líquida e o ebtida da TotalBanco projetados para 2009 é de R$17,8 milhões e R$ 2,8 milhões, respectivamente. Os 30% remanescentes do capital poderão ser adquiridos por meio do exercício de uma opção de compra, a partir de janeiro de 2011, pelo montante de até R$12,2 milhões, de acordo com o cumprimento pela TotalBanco de determinadas metas operacionais estabelecidas para os exercícios de 2009 e 2010.
A operação da TotalBanco complementa o atual portfólio da Totvs para gestão de crédito e cartões, incorpora novas soluções para gestão de leasing e crédito para pessoas jurídicas, além de ampliar as ofertas voltadas ao core-banking, permitindo a integração da gestão de investimentos e da gestão de crédito no back-end.
Com essa aquisição a Totvs reafirma sua posição de provedora brasileira de software para o segmento de Financial Services, um dos 11 segmentos de importância estratégica eleitos pela companhia.
A empresa passa a oferecer aplicações mais abrangentes, que cobrem as principais operações de bancos e financeiras, fundos de investimentos, agências de fomento, cooperativas de crédito, entre outras, além de dispor de soluções para administradoras de cartões e empresas de leasing.
Sediada em Porto Alegre, a TotalBanco conta com mais de 150 participantes e 21 anos de experiência no mercado de aplicativos e consultoria especializada para o setor financeiro. Os fundadores da TotalBanco e seu corpo diretivo permanecem à frente da operação e passam a reportar à estrutura de Financial Services da Totvs.

VisaNet lança POS Comunitário


VisaNet lança POS Comunitário

De olho no potencial consumidor de compras da Classe C, a VisaNet
Brasil anunciou estar investindo em inovação para o comércio brasileiro e aposta no MultiEC, mais conhecido como POS Comunitário. O produto, que está em fase de testes, permite que diversos comerciantes possam compartilhar um único terminal no mesmo ambiente físico.
O “estabelecimento dono” consegue dividir sua maquineta com outros 30 parceiros, permitindo a aceitação de cartões em segmentos autônomos.
A novidade tem como público foco, principalmente, artesãos, cabeleireiros, feirantes, camelôs e outros segmentos parecidos. Juntos, eles usufruem das principais vantagens oferecidas pelo POS Comunitário, que são a possibilidade de ratear o custo do aluguel da maquineta, aumentar o faturamento e, conseqüentemente, o lucro da empresa. Embora compartilhem o mesmo terminal, os participantes dos grupos MultiEC mantêm uma estrutura cadastral independente, ou seja, recebem o crédito das vendas diretamente em suas contas.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Ticket lança solução inédita para pagamento delivery

Ticket lança solução inédita para pagamento delivery
22/09/2009

A Ticket anuncia o Ticket Restaurante Mobile, solução que permite que os usuários do produto Ticket Restaurante Eletrônico possam fazer o pagamento de sua refeição com total segurança e sem sair de casa ou da empresa em que trabalham.

“O objetivo da companhia é oferecer mais comodidade aos clientes com uma alternativa moderna e segura. Essa tecnologia também permitirá que, futuramente, possamos agregar outros serviços aos nossos parceiros”, explica Gustavo Chicarino, diretor de Estratégia, Marketing e Produtos da Ticket.

Entre outras vantagens para o estabelecimento está a eliminação do risco de perda das informações de compra em caso de roubo do aparelho, já que toda a operação acontece de forma on-line. A manutenção dos equipamentos também é simples e com custo reduzido, com a maior parte de eventuais ocorrências podendo ser solucionados remotamente.

O funcionamento do Ticket Restaurante Mobile é simples: o entregador leva consigo um celular com um aplicativo desenvolvido especialmente para essa função de pagamento. Ao chegar no local de entrega, digita no celular o número do cartão Ticket Restaurante do usuário. Em seguida, é inserido o valor da compra e é solicitado ao usuário que confira o valor, seus dados e do estabelecimento em que a compra está sendo efetuada. Somente após esse processo a senha pessoal é utilizada e o pagamento, concluído. A operação acontece de maneira muito rápida.

Inicialmente o serviço está em funcionamento no Estado de São Paulo em algumas unidades de grandes redes, como China in Box, Pizzaria Esperança, entre outros. A expectativa da Ticket é que, até o final do ano, existam 1.000 aparelhos celulares em funcionamento e 500 estabelecimentos credenciados ao Mobile. A partir do primeiro semestre de 2010 será iniciada a segunda parte do projeto, que prevê a expansão desse serviço aos outros Estados do Brasil.

Operações com cartões ainda não voltou ao nível de 2008


Operações com cartões ainda não voltou ao nível de 2008, diz VisaNet
23/09/2009
Apesar das perceptíveis melhoras na economia brasileira, a volta do crescimento das operações com cartões de crédito ainda não retomou os níveis pré-crise de 2008, segundo informações do presidente da VisaNet, Rômulo de Mello Dias.

O executivo disse a jornalistas, após palestra para profissionais do mercado de capitais, que ainda não atingimos o mesmo ritmo do ano passado, quando a companhia registrou aumento de 28%, enquanto que no primeiro semestre de 2009 o crescimento recuou para 22%.

Para Dias, o efeito do esfriamento dessas ações sobre as operações da empresa, desde o quarto trimestre de 2008, está sendo amenizado em parte pelo crescente número de cartões de crédito e débito, porém, em detrimento de outras formas de pagamento, como cheques e dinheiro.

Com estratégia, o presidente anunciou que irá intensificar os esforços, juntamente com bancos e lojistas, para ampliar o uso dos cartões. Segundo ele, pesquisas apontam que somente 23% dos portadores de cartões de débito sabem que ele pode ser usado para compras diretas em lojas.

Para isso, a companhia visa ampliar o programa que permite aos clientes "sacar" dinheiro nas lojas, ao receberem troco de pagamentos feitos com cartões de débito em dinheiro.
Fonte: Com informações da Reuters

E-commerce ainda encontra barreiras em economias mais desenvolvidas


E-commerce ainda encontra barreiras em economias mais desenvolvidas
24/09/2009
O comércio de produtos por meio da internet ainda representa um desafio a alguns países com economia mais desenvolvida do que a brasileira, apesar de terem uma grande penetração de usuários de internet e celulares. Esta é a visão trazida por representantes de consultorias de sete países ligadas à consultoria Ebeltof, que está presente e outros 12 países, indicaram ser este o comportamento de sete destas nações.

Na França, por exemplo, o e-commerce ainda representa 3% das vendas varejistas, e 95% destas transações ocorrem nas lojas. “Os clientes estão sempre com pressa, e com sensação de falta de tempo”, afirma Laurent Guiral, diretor da Dia Mart, consultoria localizada na França. O executivo disse ainda que 62% da população tem acesso à internet. “Porém o custo de acesso ao canal é muito caro”, ele explica.

Já Maureen Atkinson, sócia sênior da JC Williams, consultoria canadense, aponta para a tendência de pedidos feitos online, mas com entrega de produtos em pontos físicos do varejista. “Há ofertas online, mas você busca o produto na loja”, explica Maureen, que diz ainda que “o país é imaturo para o e-commerce, e não apresenta atualmente perspectivas de mudança”. Guiral, da consultoria francesa, também relatou esta experiência em seu país.

Além da entrega de produtos nas lojas quando o pedido é feito online, Magda Espuga, sócia diretora da Kiss Retail, empresa espanhola de aconselhamento para o varejo, revela ainda que no país “há altos custos para o uso da internet e operações logísticas”. No Canadá, o varejo tem uma cultura muito forte de comercialização por catálogos, o que ajuda a dificultar a implementação do e-commerce.

Thomas Rotthowe, diretor do gruppe Nymphemburg, consultoria alemã, diz que “ter uma estrutura física é sim essencial para clientes entrarem em contato com o produto”, ponto endossado por Espuga, da Espanha. Já Brian Walker, diretor da australiana The Retail Doctor, complementa este pensamento de ambos executivos com a opinião de que “a exposição online ajuda a melhorar loja física”. Testemunhos nas redes sociais, com opiniões de serviços e produtos, de acordo com Walker, “poderiam ajudar uma marca a agregar mais valor”.

Segundo Luis Rosário, sócio do Instituto de Marketing Researching (IMR) de Portugal, “os varejistas não sabem como fazer e-commerce ainda, e nem para quem pedir ajuda”, sendo que tais investimentos necessitam de custo baixos. O executivo diz ainda que transações de compra online em seu país tem maior aceitação no setor financeiro.

Michaek Skou, diretor do Retail Institute Scandinavia, consultoria dinamarquesa, demonstrou que as práticas de e-commerce no país vem avançando, tendo em 2007 crescido 28%, com expectativa de aumentar em até 14% em 2009, e em até 17% em 2010. “Internautas usam este canal para comprar porque na Dinamarca sai mais barato”, Skou explica. Porém, ele diz que o país ainda não tem grandes varejistas, “o que faz com que se procure outros mercados para comprar”, ele finaliza.

Por Elena Oliveira

Bacen conclui análise sobre indústria de cartões

Bacen conclui análise sobre indústria de cartões
01/10/2009
As equipes técnicas do Banco Central do Brasil (BC), da Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça (SDE) e da Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda (Seae) encaminharão aos três Ministros um conjunto de medidas a ser adotado, após o término da análise sobre a indústria de cartões de pagamentos no Brasil, no sentido de atender às recomendações do estudo.
Entre as medidas estão a abertura da atividade de credenciamento do setor; a interoperabilidade de redes e de POS (terminal de captura de transações); a neutralidade nas atividades de compensação e liquidação.
O BC também enviará entre as medidas, a sugestão de fortalecimento de esquemas nacionais de cartões de débito e a transparência na definição da tarifa de intercâmbio.
O cronograma de implementação das medidas será definido pelas autoridades. Em paralelo, os reguladores estão discutindo outras medidas, que, depois de submetidas aos Ministros, terão encaminhamentos institucionais distintos, dependendo do escopo.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Mobile Payment é pouco utilizado


M-payment é pouco explorado na A.L

Atualmente, a América Latina dispõe de 365 milhões de aparelhos celulares, o que representa o uso do dispositivo por 64% da população desses países. Dentre essas pessoas, ainda menos de 30% utilizam o aparelho móvel para realizar pagamentos, segundo indicou Guilherme Roncato, diretor de Advanced Payment da Mastercard durante a realização do 2º Congresso de Mobile Banking & Mobile Payment, realizado em São Paulo.
De acordo com Ronaldo Varela, diretor executivo de Marketing e Produtos da Redecard, o Mobile Payment encontra barreiras para decolar, como, por exemplo, insegurança quanto ao retorno de investimentos e desunião dos players (bandeiras, operadoras e comércio) para implantar o conceito Mobile Payment em um consenso que aumente seu uso em grande escala.
Além disso, Varela afirma que o celular não deve ser pensado apenas como meio para micro pagamento. “Ser fizermos transações só para pagamentos pequenos, o investimento não será viável. Se é seguro, por que não comprar uma TV de Plasma?”.
Para aumentar a atuação de Mobile Payment, sobretudo no Brasil, o executivo da Mastercard acredita que o caminho seja unir estabelecimentos e consumidores por meio dos emissores da transação de pagamento, ofertando os mesmos serviços para consumidores em diferentes países. “A Mastercard não dá preferência à tipo de tecnologia, basta que ela tenha oferta, escalabilidade, segurança e comodidade”.


Por Elena Oliveira

Banco Nossa Caixa implanta cartões com chip


Nossa Caixa adere aos cartões "chipados"

O Banco Nossa Caixa anunciou que foi iniciada a troca de 2,5 milhões de cartões com tarja magnética por outros com chip, já com a marca Ourocard, do Banco do Brasil.
A troca deve ocorrer em até dois meses e não haverá custos para os clientes, que receberão o novo plástico através de correspondência.
Segundo a Nossa Caixa, a iniciativa teve investimento de aproximadamente R$ 40 milhões, valor que inclui o desenvolvimento do cartão com chip e a adequação de terminais de auto atendimento.
O chip embutido nos novos cartões possui processador e módulo de memória que trabalham com dados criptografados, o que garante mais segurança contra eventuais ações fraudulentas.
De acordo com o banco, praticamente 99% do parque de terminais eletrônicos (POS) instalados nos estabelecimentos comerciais possui o dispositivo de leitura do chip. Além disso, todas as máquinas de auto atendimento da Nossa Caixa foram adaptadas para a nova tecnologia.
Ainda segundo a empresa, não haverá nenhuma alteração nos limites, taxas, valores de tarifas ou datas de vencimento.
Os novos cartões também são compatíveis com as máquinas de auto atendimento do Banco do Brasil, permitindo a realização de saques e consulta de saldo.

Fonte: Assessoria de Imprensa Nossa Caixa

Presos por fraudar administradoras de cartão de crédito


Sete presos acusados de fraudar administradoras de cartão de crédito

Policiais da 1ª DP (Praça Mauá-RJ) realizaram nesta terça-feira a operação "Prenda-me se for capaz", com o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada em aplicar golpes em administradoras de cartões de crédito. Foram cumpridos sete — dos dez — mandados de prisão temporária por cinco dias, expedidos pela Justiça. A polícia suspeita que o bando agia há dois anos, e teria causado um prejuízo de R$ 300 mil por mês às administradoras. Entre os presos, há um funcionário de banco, um presidiário e um ex-carteiro. Todos foram indiciados pelos crimes de estelionato e formação de quadrilha. Se condenados, podem pegar até 8 anos de prisão.
Wellingtom Francisco Pereira dos Santos, de 23 anos, é apontado pela polícia como o chefe da quadrilha. Preso desde 2008 por estelionato, ele controlava as ações do bando de dentro da cadeia por celular. O crime foi comprovado através de interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça. Com informações repassadas pelos comparsas, ele se passava por cliente das administradoras de cartão de crédito e solicitava aumento de limite e envio de cartões adicionais. Funcionário de um banco, Luiz Carlos Gonzales de Oliveira, de 33 anos, levantava os limites de crédito e dados cadastrais das vítimas e repassava as informações a Wellingtom.
O ex-carteiro Marcos Vinícius Gomes da Costa — que está foragido — descobria quando os cartões eram postados e o dia e horário em que seriam entregues. Ele se passava pelo cliente e recebia os cartões nos endereços indicados por Wellingtom às administradoras. Os cartões fraudados eram utilizados para comprar diversas mercadorias, a maioria eletroeletrônicos, que eram revendidas.
Também foram presos Arlete Pereira dos Santos, mãe de Wellingtom, de 54 anos; Priscila Souza, de 24; Lívia Ferreira, de 22; Renata de Oliveira Gaspar, de 23; e Luiz Felipe Monteiro da Silva. Arlete e Renata compravam as mercadorias com os cartões fraudados. Luiz Felipe era o responsável por pesquisar na internet informações pessoais dos titulares dos cartões que seriam fraudados, como filiação, data de nascimento, identidade, endereço.
Lívia, que trabalhava como caixa de uma loja de doces no Centro do Rio, anotava os códigos de segurança dos clientes que pagavam as compras com cartão de crédito.
— Lívia escolhia pessoas que tinham cartões top de linha. Em alguns bancos esses cartões são chamados de Gold, em outros, cinco estrelas. Ela anotava o código de segurança dos cartões e os repassava a Wellingtom, da mesma que os outros comparsas — explicou o delegado José Luiz Duarte, titular da 1ª DP.
Três pessoas que também estão com mandado de prisão não foram localizadas pela polícia: o ex-carteiro Marcos Vinícius, Rosemary Castro de Melo e Aldenize Melo da Silva. Há ainda outras cinco pessoas já identificadas pela polícia, mas que ainda não tiveram as prisões decretadas.
O nome "Prenda-me se for capaz" foi uma "homenagem" ao chefe da quadrilha.
— Encontramos um perfil do Wellingtom na internet em que ele dizia que o seu filme preferido era "Prenda-me se for capaz", que conta a história de um estelionatário que fraudava documentos perfeitamente. Não sei se é porque ele se acha parecido com o Leonardo di Caprio, que é o protagonista do filme, ou porque ele achava que o esquema nunca ia ser descoberto pela polícia — ironizou o delegado.

Por: Marcelo Gomes

Banco Central irá regular mercado de cartões


BC proporá regulação ao mercado de cartões

O mercado de cartões de crédito tem apresentado crescimento significativo nos últimos anos, segundo os dados da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), no ano 2000, havia no País 119 milhões de cartões. Em 2008 o número registrado foi de 514 milhões.

As transações utilizando o meio de pagamento aumentaram na mesma proporção. Em 2000 foram computados 1,1 bilhão de operações no Brasil contra 5,3 bilhões no ano passado.

Com o crescimento tão significativo, especialistas tem debatido as novas regulamentações do setor propostas pelo Banco Central. “Uma regulação inadequada pode prejudicar o desenvolvimento do sistema financeiro”, acredita o professor de direito antitruste e defesa comercial da FGV, Túlio Freitas do Egito Coelho.

Uma das propostas do BC é com relação à regra do não sobrepreço. Atualmente, os estabelecimentos não podem cobrar valores mais altos para compras com cartões de crédito. Com a regulamentação do BC, essa regra pode acabar, além de reduzir o prazo para que as emissoras de cartão passam os pagamentos para os lojistas, que hoje varia de 30 a 40 dias.

“O que nós tememos é que essas regras impactem nos custos para o consumidor, seja com juros mais altos ou com anuidades mais caras”, afirma Coelho.

A Abecs apresentou uma contra proposta que prevê, entre outras coisas, o compromisso de não exclusividade dos terminais de POS pelas respectivas bandeiras, que vinha sendo alvo de críticas do BC. “Acredito que as regras podem ser discutidas e mudadas sem necessariamente haver uma intervenção estatal”, conclui o professor.

Por Diego Lazzaris

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Inadimplência com cheques cresce 9,4% em julho



19/08/2009

O volume de cheques devolvidos por mil compensados cresceu 9,4% em julho de 2009, na comparação com junho, conforme revela o Indicador Serasa Experian de Cheques Sem Fundos. No mês passado, foram devolvidos 22,1 cheques a cada mil compensados, e em junho, 20,2.

No período, houve 2,31 milhões de devoluções de cheques, e 104,52 milhões de compensações. Em junho, foram 2,14 milhões de cheques devolvidos, e 105,96 milhões de compensados.

De acordo com a Serasa, o aumento da inadimplência deve-se aos presentes para o Dia dos Namorados, financiados com cheque pré-datado, que tiveram o vencimento da 2ª parcela; às compras por causa do inverno mais rigoroso, aos maiores gastos nas férias em viagens domésticas, em detrimento aos destinos para o exterior com maior incidência de gripe suína, e ao maior número de dias úteis em julho (23), em relação a junho (21).

Na comparação anual, o aumento foi de 11%. No sétimo mês do ano passado, foram devolvidos 19,9 cheques por mil compensados, com um total de 2,36 milhões de devolvidos, e 118,49 milhões de compensados.

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Governo prepara diagnóstico do setor

O Ministério da Fazenda, a pedido do presidente Lula, prepara um diagnóstico para saber por que os juros cobrados nas operações de cartões de crédito são bem mais altos que os outros empréstimos. O secretário de Acompanhamento Econômico (Seae), Antonio Henrique Silveira, antecipou que a resposta será conhecida no final de setembro, justamente quando o governo irá divulgar novas regras de regulamentação do setor.
Cresce a pressão governamental para que aconteça um "auto ajuste" no mercado de cartões.
É sabido por todos que atuam no mercado brasileiro de cartões que o governo deseja aumentar a competitividade do setor e reduzir a sua concentração. Estudo elaborado por técnicos do Banco Central do Brasil demonstram essa enorme concentração e as margens de lucro extremamente superiores a qualquer outro segmento ecônomico.
Vamos esperar para ver o que vem por aí. Este blog defende a competição em igualdade de condições para todos e a redução do gigantismo das bandeiras e das redes de adquirência.