quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Mobile Payment é pouco utilizado


M-payment é pouco explorado na A.L

Atualmente, a América Latina dispõe de 365 milhões de aparelhos celulares, o que representa o uso do dispositivo por 64% da população desses países. Dentre essas pessoas, ainda menos de 30% utilizam o aparelho móvel para realizar pagamentos, segundo indicou Guilherme Roncato, diretor de Advanced Payment da Mastercard durante a realização do 2º Congresso de Mobile Banking & Mobile Payment, realizado em São Paulo.
De acordo com Ronaldo Varela, diretor executivo de Marketing e Produtos da Redecard, o Mobile Payment encontra barreiras para decolar, como, por exemplo, insegurança quanto ao retorno de investimentos e desunião dos players (bandeiras, operadoras e comércio) para implantar o conceito Mobile Payment em um consenso que aumente seu uso em grande escala.
Além disso, Varela afirma que o celular não deve ser pensado apenas como meio para micro pagamento. “Ser fizermos transações só para pagamentos pequenos, o investimento não será viável. Se é seguro, por que não comprar uma TV de Plasma?”.
Para aumentar a atuação de Mobile Payment, sobretudo no Brasil, o executivo da Mastercard acredita que o caminho seja unir estabelecimentos e consumidores por meio dos emissores da transação de pagamento, ofertando os mesmos serviços para consumidores em diferentes países. “A Mastercard não dá preferência à tipo de tecnologia, basta que ela tenha oferta, escalabilidade, segurança e comodidade”.


Por Elena Oliveira

Banco Nossa Caixa implanta cartões com chip


Nossa Caixa adere aos cartões "chipados"

O Banco Nossa Caixa anunciou que foi iniciada a troca de 2,5 milhões de cartões com tarja magnética por outros com chip, já com a marca Ourocard, do Banco do Brasil.
A troca deve ocorrer em até dois meses e não haverá custos para os clientes, que receberão o novo plástico através de correspondência.
Segundo a Nossa Caixa, a iniciativa teve investimento de aproximadamente R$ 40 milhões, valor que inclui o desenvolvimento do cartão com chip e a adequação de terminais de auto atendimento.
O chip embutido nos novos cartões possui processador e módulo de memória que trabalham com dados criptografados, o que garante mais segurança contra eventuais ações fraudulentas.
De acordo com o banco, praticamente 99% do parque de terminais eletrônicos (POS) instalados nos estabelecimentos comerciais possui o dispositivo de leitura do chip. Além disso, todas as máquinas de auto atendimento da Nossa Caixa foram adaptadas para a nova tecnologia.
Ainda segundo a empresa, não haverá nenhuma alteração nos limites, taxas, valores de tarifas ou datas de vencimento.
Os novos cartões também são compatíveis com as máquinas de auto atendimento do Banco do Brasil, permitindo a realização de saques e consulta de saldo.

Fonte: Assessoria de Imprensa Nossa Caixa

Presos por fraudar administradoras de cartão de crédito


Sete presos acusados de fraudar administradoras de cartão de crédito

Policiais da 1ª DP (Praça Mauá-RJ) realizaram nesta terça-feira a operação "Prenda-me se for capaz", com o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada em aplicar golpes em administradoras de cartões de crédito. Foram cumpridos sete — dos dez — mandados de prisão temporária por cinco dias, expedidos pela Justiça. A polícia suspeita que o bando agia há dois anos, e teria causado um prejuízo de R$ 300 mil por mês às administradoras. Entre os presos, há um funcionário de banco, um presidiário e um ex-carteiro. Todos foram indiciados pelos crimes de estelionato e formação de quadrilha. Se condenados, podem pegar até 8 anos de prisão.
Wellingtom Francisco Pereira dos Santos, de 23 anos, é apontado pela polícia como o chefe da quadrilha. Preso desde 2008 por estelionato, ele controlava as ações do bando de dentro da cadeia por celular. O crime foi comprovado através de interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça. Com informações repassadas pelos comparsas, ele se passava por cliente das administradoras de cartão de crédito e solicitava aumento de limite e envio de cartões adicionais. Funcionário de um banco, Luiz Carlos Gonzales de Oliveira, de 33 anos, levantava os limites de crédito e dados cadastrais das vítimas e repassava as informações a Wellingtom.
O ex-carteiro Marcos Vinícius Gomes da Costa — que está foragido — descobria quando os cartões eram postados e o dia e horário em que seriam entregues. Ele se passava pelo cliente e recebia os cartões nos endereços indicados por Wellingtom às administradoras. Os cartões fraudados eram utilizados para comprar diversas mercadorias, a maioria eletroeletrônicos, que eram revendidas.
Também foram presos Arlete Pereira dos Santos, mãe de Wellingtom, de 54 anos; Priscila Souza, de 24; Lívia Ferreira, de 22; Renata de Oliveira Gaspar, de 23; e Luiz Felipe Monteiro da Silva. Arlete e Renata compravam as mercadorias com os cartões fraudados. Luiz Felipe era o responsável por pesquisar na internet informações pessoais dos titulares dos cartões que seriam fraudados, como filiação, data de nascimento, identidade, endereço.
Lívia, que trabalhava como caixa de uma loja de doces no Centro do Rio, anotava os códigos de segurança dos clientes que pagavam as compras com cartão de crédito.
— Lívia escolhia pessoas que tinham cartões top de linha. Em alguns bancos esses cartões são chamados de Gold, em outros, cinco estrelas. Ela anotava o código de segurança dos cartões e os repassava a Wellingtom, da mesma que os outros comparsas — explicou o delegado José Luiz Duarte, titular da 1ª DP.
Três pessoas que também estão com mandado de prisão não foram localizadas pela polícia: o ex-carteiro Marcos Vinícius, Rosemary Castro de Melo e Aldenize Melo da Silva. Há ainda outras cinco pessoas já identificadas pela polícia, mas que ainda não tiveram as prisões decretadas.
O nome "Prenda-me se for capaz" foi uma "homenagem" ao chefe da quadrilha.
— Encontramos um perfil do Wellingtom na internet em que ele dizia que o seu filme preferido era "Prenda-me se for capaz", que conta a história de um estelionatário que fraudava documentos perfeitamente. Não sei se é porque ele se acha parecido com o Leonardo di Caprio, que é o protagonista do filme, ou porque ele achava que o esquema nunca ia ser descoberto pela polícia — ironizou o delegado.

Por: Marcelo Gomes

Banco Central irá regular mercado de cartões


BC proporá regulação ao mercado de cartões

O mercado de cartões de crédito tem apresentado crescimento significativo nos últimos anos, segundo os dados da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), no ano 2000, havia no País 119 milhões de cartões. Em 2008 o número registrado foi de 514 milhões.

As transações utilizando o meio de pagamento aumentaram na mesma proporção. Em 2000 foram computados 1,1 bilhão de operações no Brasil contra 5,3 bilhões no ano passado.

Com o crescimento tão significativo, especialistas tem debatido as novas regulamentações do setor propostas pelo Banco Central. “Uma regulação inadequada pode prejudicar o desenvolvimento do sistema financeiro”, acredita o professor de direito antitruste e defesa comercial da FGV, Túlio Freitas do Egito Coelho.

Uma das propostas do BC é com relação à regra do não sobrepreço. Atualmente, os estabelecimentos não podem cobrar valores mais altos para compras com cartões de crédito. Com a regulamentação do BC, essa regra pode acabar, além de reduzir o prazo para que as emissoras de cartão passam os pagamentos para os lojistas, que hoje varia de 30 a 40 dias.

“O que nós tememos é que essas regras impactem nos custos para o consumidor, seja com juros mais altos ou com anuidades mais caras”, afirma Coelho.

A Abecs apresentou uma contra proposta que prevê, entre outras coisas, o compromisso de não exclusividade dos terminais de POS pelas respectivas bandeiras, que vinha sendo alvo de críticas do BC. “Acredito que as regras podem ser discutidas e mudadas sem necessariamente haver uma intervenção estatal”, conclui o professor.

Por Diego Lazzaris