sexta-feira, 2 de outubro de 2009

E-commerce ainda encontra barreiras em economias mais desenvolvidas


E-commerce ainda encontra barreiras em economias mais desenvolvidas
24/09/2009
O comércio de produtos por meio da internet ainda representa um desafio a alguns países com economia mais desenvolvida do que a brasileira, apesar de terem uma grande penetração de usuários de internet e celulares. Esta é a visão trazida por representantes de consultorias de sete países ligadas à consultoria Ebeltof, que está presente e outros 12 países, indicaram ser este o comportamento de sete destas nações.

Na França, por exemplo, o e-commerce ainda representa 3% das vendas varejistas, e 95% destas transações ocorrem nas lojas. “Os clientes estão sempre com pressa, e com sensação de falta de tempo”, afirma Laurent Guiral, diretor da Dia Mart, consultoria localizada na França. O executivo disse ainda que 62% da população tem acesso à internet. “Porém o custo de acesso ao canal é muito caro”, ele explica.

Já Maureen Atkinson, sócia sênior da JC Williams, consultoria canadense, aponta para a tendência de pedidos feitos online, mas com entrega de produtos em pontos físicos do varejista. “Há ofertas online, mas você busca o produto na loja”, explica Maureen, que diz ainda que “o país é imaturo para o e-commerce, e não apresenta atualmente perspectivas de mudança”. Guiral, da consultoria francesa, também relatou esta experiência em seu país.

Além da entrega de produtos nas lojas quando o pedido é feito online, Magda Espuga, sócia diretora da Kiss Retail, empresa espanhola de aconselhamento para o varejo, revela ainda que no país “há altos custos para o uso da internet e operações logísticas”. No Canadá, o varejo tem uma cultura muito forte de comercialização por catálogos, o que ajuda a dificultar a implementação do e-commerce.

Thomas Rotthowe, diretor do gruppe Nymphemburg, consultoria alemã, diz que “ter uma estrutura física é sim essencial para clientes entrarem em contato com o produto”, ponto endossado por Espuga, da Espanha. Já Brian Walker, diretor da australiana The Retail Doctor, complementa este pensamento de ambos executivos com a opinião de que “a exposição online ajuda a melhorar loja física”. Testemunhos nas redes sociais, com opiniões de serviços e produtos, de acordo com Walker, “poderiam ajudar uma marca a agregar mais valor”.

Segundo Luis Rosário, sócio do Instituto de Marketing Researching (IMR) de Portugal, “os varejistas não sabem como fazer e-commerce ainda, e nem para quem pedir ajuda”, sendo que tais investimentos necessitam de custo baixos. O executivo diz ainda que transações de compra online em seu país tem maior aceitação no setor financeiro.

Michaek Skou, diretor do Retail Institute Scandinavia, consultoria dinamarquesa, demonstrou que as práticas de e-commerce no país vem avançando, tendo em 2007 crescido 28%, com expectativa de aumentar em até 14% em 2009, e em até 17% em 2010. “Internautas usam este canal para comprar porque na Dinamarca sai mais barato”, Skou explica. Porém, ele diz que o país ainda não tem grandes varejistas, “o que faz com que se procure outros mercados para comprar”, ele finaliza.

Por Elena Oliveira

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